Vida em Perspectiva

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Guilherme
Guilherme é Engenheiro Ambiental formado pela Escola de Engenharia de Piracicaba e Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo. Um dos ganhadores do Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia - Ano 2008, se dedica atualmente à pesquisa e desenvolvimento de Reatores Biológicos que convertem resíduos (potenciais fontes de poluição industrial e doméstica) em energia renovável sob a forma do gás hidrogênio, uma fonte energética que não gera gases do efeito estufa. http://www.facebook.com/guilherme.septimus
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domingo, 12 de junho de 2011

Sobre a perda


Por vezes, forçosamente, ficamos absorvidos em pensamentos intermináveis enquanto nos deslocamos vagarosamente sobre uma dessas calçadas que margeiam as esquinas da vida. Sequer sabemos como chegamos ali.

A visão embotada e o pensamento distante confundem até mesmo os viajantes mais experientes, pois questiona-se freneticamente se é possível voltar atrás ou se é possível dobrar as esquinas...

Puro desatino! Viver é muito mais arte que ciência. E, na arte, os caminhos são incontáveis. Infinitas maneiras de converter em magia aquilo que é sabido, de se enganar a morte e de ser eterno enquanto se está vivo.

Mas, e as dores lancinantes que fazem contorcer o espírito e fecham a janela que nos apresenta as múltiplas perspectivas da vida?

Com o tempo descobrimos que apesar de termos experimentado o mais invasivo dos males, as navalhas que nos dilaceraram internamente sequer tocaram o tecido do coração. Essas indesejadas lâminas aconteceram, não para nos destruir, mas para lapidar, aparar as arestas...

Assim, o dia depois de ontem comporta não apenas a destruição de antigos paradigmas, mas uma nova acepção sobre a vida, enquanto escolha de diferentes jornadas.

James Lovell, astronauta nas missões Apollo 8 e 13, descreveu que de uma das janelas do módulo de comando da nave Odyssey, podia-se ver a Terra e cobrí-la totalmente usando apenas o seu polegar. Conjecturou que naquele pequeno ponto azul estava encerrado todo o conhecimento que produzimos, tudo aquilo que nos tornamos, e o mais indispensável, o que amamos. Tudo isso escondido atrás de um único dedo.

Talvez, então, amar seja estabelecer um forte contraponto diante da poderosa imagem de nossa insignificância no universo.

Ágape, filos ou eros, só algo muito maior dá sentido às nossas jornadas. Caso contrário nossa pequenina Terra e nós mesmos, somos apenas figurantes, flutuando cercados de intenso infinito por todos os lados.

No dia depois de ontem, precisamos ter coragem para dobrar as esquinas inspirados por valores que transcenderam a maior distância já percorrida pelo homem, conforme observou James Lovell. Neste dia também é necessário admitir que dadas as limitações de nosso vocabulário e a imensidão do mundo que ainda não conhecemos, amor sempre será algo dotado muito mais de valor que de significado.
Postado por Guilherme às 23:07
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Marcadores: vida; arte; apollo 8; apollo 13; terra; amor; significado;

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